Neiva T-25 Universal

T-25 1918 - Notar o casulo subalar com metralhadora 7,62 mm (via A. Camazano A.)
T-25 1918 - Notar o casulo subalar com metralhadora 7,62 mm (via A. Camazano A.)

O T-25 Universal é uma aeronave de treinamento com capacidade secundária para ataque ao solo, equipada com trem de pouso triciclo, asa baixa e cabine para dois ocupantes lado a lado. Com motor a pistão de 300 HP e hélice bipá, o T-25 foi desenvolvido para substituir o North-American T-6, em uso há mais de 30 anos na FAB. Em busca de uma opção nacional, o Ministério da Aeronáutica selecionou o modelo N-621, criado pela Sociedade Construtora Aeronáutica Neiva, com projeto do engenheiro Joseph Kovacs.

O N-621 tornou-se o primeiro monomotor acrobático de alto desempenho projetado e fabricado no Brasil. Em 1966, o MAer encomendou 150 aeronaves, nomeadas como T-25 Universal. A FAB recebeu 140 unidades, com 20 delas modificadas para o padrão T-25A, com capacidade de carregar armamento em estações subalares, sendo direcionadas para os Esquadrões Mistos de Reconhecimento e Ataque (EMRAs), substituindo os T-6 em operações dessas unidades.

A partir de 1971, o T-25 entrou em serviço na FAB, sendo utilizado como aeronave de treinamento básico na Academia da Força Aérea, no Curso de Formação de Pilotos Militares em Natal, e nos Esquadrões de Ligação e Observação e EMRAs, onde se destacou por sua versatilidade e confiabilidade.

T-25C 1886, Academia da Força Aérea (foto Ricardo Hebmüller)
T-25C 1886, Academia da Força Aérea (foto Ricardo Hebmüller)
T-25 1956 (via A. Camazano A.)
T-25 1956 (via A. Camazano A.)
T-25 1930, 5º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (via A. Camazano A.)
T-25 1930, 5º Esquadrão Misto de Reconhecimento e Ataque (via A. Camazano A.)

Em 1978, a Neiva desenvolveu o N-622 Universal II, uma versão aprimorada do T-25, equipada com um motor de 400 HP e hélice tripá, projetada para ser uma opção de treinamento avançado para a FAB, em substituição aos T-37C. No entanto, a Força Aérea optou pelo Embraer EMB-312, que oferecia desempenho superior. Assim, o único exemplar do N-622 foi incorporado à FAB sob a designação YT-25B.

YT-25B 1831, Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (via A. Camazano A.)
YT-25B 1831, Parque de Material Aeronáutico de Lagoa Santa (via A. Camazano A.)
T-25C 1890, Base Aérea de Canoas (foto Ricardo Hebmüller)
T-25C 1890, Base Aérea de Canoas (foto Ricardo Hebmüller)

Após a retirada dos T-37C, os T-25 foram designados também para o treinamento avançado na Academia da Força Aérea (AFA), função que mantiveram até a entrada dos T-27 Tucano, em 1983. Entre 1980 e 1983, alguns instrutores da AFA formaram a esquadrilha de demonstração aérea “Cometa Branco”.

Em 1990, os T-25 passaram por uma modernização, recebendo novos equipamentos de bordo, rádio e navegação, atualizando-se para o padrão T-25C. Além de sua função de instrução, os T-25 foram empregados em várias bases aéreas como aeronaves de ligação.

Características Técnicas

  • Motor: um Lycoming 10-540K 1D5 de 300 HP
  • Envergadura: 11 m
  • Comprimento: 8,76 m
  • Altura: 2,97 m
  • Superfície alar: 17,20 m2
  • Peso: 1.150 kg (vazio); 1.700 kg (máximo)
  • Velocidade: 277 km/h (máxima)
  • Razão de ascensão: 320 m/min
  • Teto de serviço: 6.100 m
  • Alcance: 1.150 km
  • Armamento: 2 casulos com metralhadoras MAG 7,62 mm ou 2 bombas de 45 kg ou dois casulos de foguetes não-guiados de 37 mm ou de 70 mm
T-25C 1906, Base Aérea de Canoas (foto Leandro Casella)
T-25C 1906, Base Aérea de Canoas (foto Leandro Casella)

Perfis

Referências e Fonte